Acesso Livre
O desfecho da primeira fase do projeto ocorreu com apresentações gratuitas do espetáculo Acesso Livre, uma fusão dos trabalhos cênicos Se Fosse Fácil, Não Teria Graça (palhaço Nando Bolognesi) e de Vida de Circo (Cia Circo- dança Suzie Bianchie). Na obra, as experiências construídas ao longo da vida dos artistas trazem a necessidade de expressar que é normal ser diferentes. As apresentações acontecem dias 1 e 2 de outubro, terça e quarta-feira, às 20h, no Teatro Municipal João Caetano.
A Cia Circodança conta com uma companhia de artistas profissionais que estão rompendo preconceitos. Em seu elenco, artistas com e sem deficiência interagem para criar um espetáculo que une elementos de dança, circo e teatro. Essa integração faz com que cada artista utilize o máximo de seu talento e se supere continua- mente. O espetáculo Vida de Circo une artistas circenses, atores e bailarinos que contam a história de Laura e sua trupe sob uma lona de circo. A companhia fez um trabalho de adaptação de movimentos para os usuários de cadeiras de rodas e outras deficiências. São utilizadas as bases de dança flamenca, de salão e contemporânea, além do teatro e circo. "O trabalho de expressão corporal e artístico independe de condições físicas ou mentais", afirma Suzie Bianchi.
A palestra-espetáculo Se Fosse Fácil, Não Teria Graça (Sit Down Tragedy), do palhaço Nando Bolognesi, é inspirada no livro de sua autoria Um palhaço na boca do vulcão (ed Grua). O espetáculo narra, sempre com muito bom hu- mor, a trajetória do autor/interprete, que conta como aprendeu a conviver com as limitações impostas pela esclerose múltipla, doença degenerativa, progressiva, incurável e com potencial incapacitante. O ator mescla um relato engraçado, humano e comovente so- bre como podemos transformar dificuldades, limites e crises em alegrias, de- safios e realizações com diversas reflexões sobre a vida, a morte, nosso lugar no universo e nossa relação com a alteridade.
Nando conta que sempre teve uma resistência a se associar a grupos de pes- soas portadoras de esclerose múltipla, porque encarava a condição como algo coadjuvante em sua vida. Conforme as limitações físicas se desenvolveram, o artista optou por falar mais a respeito da doença. “Percebi que posso investi- gar formas de explorar minhas dificuldades como potência artística”, conta. Nando conheceu o trabalho de Martin a partir de um amigo em comum e se identificou prontamente com o projeto Mobilidade Artística. Desde a descoberta o avanço da doença, Nando interpretou os espetáculo Desmiolações, Rei
Onde e quando foi:
TEATRO MUNICIPAL JOÃO CAETANO
01/10 E 02/10 DE 2019
INGRESSO GRATUITO